sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Ekoa no Diário do Comércio

Algumas empresas já atuam de forma responsável

A padaria Santa Madalena, no Brooklin, segue os padrões de sustentabilidade que sua proprietária, Vera Lúcia Fontana, criou ao perceber que os funcionários chegavam sem conhecimentos mínimos. "Para mim, o mais importante são as pessoas. Percebi que tinha que ter programas de educação aqui dentro da empresa, procurando desenvolver jovens que chegam ao primeiro emprego com as marcas do ensino deficitário e, muitas vezes, de uma família inadequada."

Ela instituiu um programa interno onde todos devem procurar tratar bem o próximo e o planeta. Foram adotados processos de economia de água, uso de sacolas retornáveis, reciclagem de óleo e o sistema de pré-pesagem dos ingredientes que vão entrar na composição do produto final.

Além disso, Vera optou por processos de cozinha artesanal, e não usa as massas semi-prontas, que contêm muitos componentes químicos. "Quero manter a qualidade usando a matéria-prima natural. Fabricamos 83% do que vendemos." Ela disse que o próximo passo será tratar do desperdício de papel e embalagens.

Casa ecológica – A empresária Marisa Conca Bussacos, proprietária do Ekoa Café, na Vila Madalena, dirige uma empresa familiar que já tem três casas – as duas primeiras em Campinas. "Começamos da construção", explicou.

A casa é ecológica, tem aproveitamento da água de chuva e foi pintada com tintas à base de terra crua, sem química. As luminárias foram feitas com filtro de café usado e os móveis de madeira de demolição ou reflorestamento. A casa serve café, sucos, vinho e cachaça orgânicos. E promove um encontro mensal sobre responsabilidade ambiental – o "Green drinks", evento que começou na Europa em casas do gênero.

Óleo – Processar corretamente os resíduos poluidores de um segmento numeroso – o de oficinas mecânicas – é uma iniciativa da Rede Oficina Brasil de franquias de serviços automotivos. O consultor técnico da rede, Antonio Cesar Costa, disse que a maior dificuldade do setor é a falta de legislação.

"Estabelecemos com os franqueados o compromisso de o aplicador seguir a obrigação de descartar o óleo queimado e a embalagem usada em local adequado, determinado pelo fabricante e por nós", disse.

A rede desenvolveu também uma caixa separadora de água e óleo nas pias das oficinas onde os funcionários lavam as mãos. "Defendemos ainda a venda de óleo a granel como medida ambiental" afirmou. Isso evitaria o desperdício e os danos do líquido que sobre nas embalagens.

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